(…) Não digo que é o que queria, mas aprendi a acostumar
com sua ausência. Talvez seja o melhor. Talvez tenha me desprendido deste sentimento tão
desgastado, por vezes estagnado. Talvez não consiga tirar com tanta
facilidade da minha cabeça, ou talvez de uma vez por todas meus pensamentos em
você se tornem menos frequentes e finalmente você se torne apenas uma
lembrança no final da tarde, ou no meio de um café da manhã, mas apenas isso. E meu sentimento
se torne apenas nostalgia, ou nem mesmo isso, talvez um gostar que não me leve a ter
esperanças, que não me impeça de seguir em frente e muito menos me deixe tão
fraca.
Vez ou outra, olhando para o nada me pego aflita, aflita por não te
ter aqui, talvez por estar te perdendo, ou já tenha de fato
perdido. Mas tenho me acostumado, sentimentos ás vezes surpreendem, talvez seja normal, por não ter
esquecido totalmente, ou talvez por lembranças que ás vezes fazem um estrago
aqui dentro. Me fazendo na primeira
oportunidade querer correr para seus braços e acabar logo com essa nostalgia. Talvez seja algo que
logo passe ou talvez algo que não signifique muito daqui a uns anos. Mas por
agora significa. Talvez mais do que eu gostaria que significasse. Talvez mais do que
suportaria. […] Sua ausência às vezes dói, quase mata, mas não mata. Me pego repetindo várias vezes que isso é normal, é normal sentir
falta, não preciso me esforçar mais, vai passar não é? Para você já passou, para mim não vai
ser diferente, não pode ser diferente.
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